quinta-feira, 17 de abril de 2008

Química da Célula-Ácidos Nucleicos.


Há dois tipos identificados de ácidos nucléicos, que são:
O DNA (que significa, em inglês, DesoxirriboNucleic Acid, ou ácido desoxirribonucléico). Ele tem esse nome porque o açúcar que o forma é a desoxirribose. E o RNA (que significa, em inglês, RiboNucleic Acid, ou ácido ribonucléico). O nome vem do açúcar que o compõe, que é a ribose. São formados por unidades menores chamados de Nucleotídios. Cada Nucleotídio apresenta em sua molécula Um fosfato, Uma Pentose(Açúcar) e Uma Base Nitrogenada.




O Ácido Desoxirribonucleico ( DNA) apresenta uma molécula com duas fitas de nucleotídios, sendo estas fitas retorcidas e unidas por uma ligação química denominada; Pontes de Hidrogênio.Essas ligações ocorrem entre as bases nitrogenadas, que para o Dna são quatro: Adenina, Timina, Citosina e Guanina. A Adenina é encontrada somente nos nucleotídios do Dna, as demais são comuns também ao Rna.


O Ácido Ribonucleico (RNA) apresenta somente uma fita de nucleotídios que posuem como bases nitrogenadas ;Uracila, Adenina, Guanina e Citosina. A Uracila é base nitrogenada específica do Rna.
Todos os Seres Vivos possuem Ácidos Nucleicos, Os Vírus possuem um ou outro, nunca os dois.

Quimica da Célula- Enzimas


As enzimas são substâncias naturais (orgânicas) envolvidas em todos os processos bioquímicos que ocorrem nas células vivas. São proteínas e, portanto, consistem em cadeias de aminoácidos unidas por ligações peptídicas. Servem para catalisar reações bioquímicas, o que significa que aumentam a velocidade da reação bioquímica sem se deixar afetar pela reação propriamente dita.


Funções
As enzimas são capazes de decompor moléculas complexas em unidades menores (carboidratos em açúcares, por exemplo), de catalisar alterações estruturais dentro de uma molécula (caso da isomerização da glicose em frutose), assim como podem ajudar a construir moléculas específicas (de material celular, por exemplo). Algumas das enzimas mais conhecidas se encontram em nosso trato digestivo, onde auxiliam a digestão e a assimilação de alimentos.
Uma das características principais das enzimas é que elas têm uma e apenas uma função cada (especificidade). Cada função ou substrato dentro de um organismo possui apenas sua única enzima respectiva. O substrato que será transformado preenche a enzima como chave-fechadura. Apenas quando a enzima ideal encontrar o substrato ideal, as reações bioquímicas podem ocorrer.


As enzimas se conectam às substâncias reagentes e enfraquecem certas ligações químicas, de modo que menos energia (de ativação) é necessária para que as reações ocorram.As enzimas são bastante específicas, decompondo ou compondo apenas certas substâncias em certas condições de temperatura, pH e concentração do substrato (substância na qual a enzima atua). Algumas transformações envolvem várias enzimas como a da glicose em água e gás carbônico que leva 25 passos, cada passo com a participação de várias enzimas. Quando as enzimas são aquecidas, elas aceleram ainda mais as reações, mas apenas até certo ponto a partir do qual elas se modificam e perdem suas propriedades catalisadoras.


Substrato e Enzimas .
amido - amilase,
carboidrato - carboidrase,
lipídio - lipase,
sacarose - sacarase (um tipo de carboidrase),
proteína - protease,
lactose - lactase,
maltose - maltase

terça-feira, 15 de abril de 2008

Química da Célula- Aminoácidos.




Os aminoácidos são as estruturas fundamentais das proteínas. Cada aminoácido consiste de um grupo amino (-NH2) básico (alcalino), um grupo carboxí1lico (-COOH) ácido e uma cadeia lateral (grupo R) que é diferente para cada um dos 20 diferentes aminoácidos.
Cada variação no número ou na seqüência de aminoácidos produz uma proteína diferente, uma grande variedade de proteínas é possível. A situação é semelhante à utilização de um alfabeto de 20 letras para formar palavras. Cada letra seria equivalente a um aminoácido, e cada palavra seria uma proteína diferente.
Os vegetais têm a capacidade de fabricar os vinte aminoácidos necessários para a produção de suas proteínas, já as células animais não sintetizam todos eles, sendo que alguns devem ser ingeridos com o alimento. Assim, os aminoácidos podem ser classificados em dois tipos:
Essenciais - são aqueles que não podem ser sintetizados pelos animais.
Não essenciais ou Naturais- são aqueles que podem ser sintetizados pelos animais.
É importante ressaltar que, para os vegetais, todos os aminoácidos são não essenciais.

Quimica da Célula-Proteínas

São compostos orgânicos de alto peso molecular, são formadas pelo encadeamento de aminoácidos. Representam cerca do 50 a 80% do peso seco da célula sendo, portanto, o composto orgânico mais abundante de matéria viva. Uma molécula protéica contém desde algumas dezenas até mais de 1.000 aminoácidos. 0 peso molecular vai de 10.000 a 2.800.000. A molécula de hemoglobina, por exemplo, é formada por 574 aminoácidos . Justifica-se, assim, o fato de as moléculas protéicas estarem incluídas entre as macromoléculas.

Proteínas simples - São também denominadas de homoproteínas e são constituídas, exclusivamente por aminoácidos. Em outras palavras, fornecem exclusivamente uma mistura de aminoácidos por hidrólise.

Pode-se mencionar como exemplo:

As Albuminas - São as de menor peso molecular - São encontradas nos animais e vegetais. - São solúveis na água. Exemplos: albumina do plasma sangüíneo e da clara do ovo.

As Globulinas - Possuem um peso molecular um pouco mais elevado. - São encontradas nos animais e vegetais - São solúveis em água salgada. Exemplos: anticorpos e fibrinogênio.

As Escleroproteínas ou proteínas fibrosas - Possuem peso molecular muito elevado. - São exclusivas dos animais. - São insolúveis na maioria dos solventes orgânicos. Exemplos: colágeno, elastina e queratina.

Proteínas Conjugadas - São também denominadas heteroproteínas. As proteínas conjugadas são constituídas por aminoácidos mais outro componente não-protéico, chamado grupo prostético.

Proteínas Derivadas :As proteínas derivadas formam-se a partir de outras por desnaturação ou hidrólise. Pode-se citar como exemplos desse tipo de proteínas as proteoses e as peptonas, formadas durante a digestão.

Estrutura: os níveis de organização Molecular de uma proteína são:

Primário - representado peIa seqüência de aminoácidos unidos através das ligações peptídicas.


Secundário - representado por dobras na cadeia (a - hélice), que são estabilizadas por pontes de hidrogênio.

Terciário - ocorre quando a proteína sofre um maior grau de enrolamento e surgem, então, as pontes de dissulfeto para estabilizar este enrolamento.

Quaternário - ocorre quando quatro cadeias polipeptídicas se associam através de pontes de hidrogênio, como ocorre na formação da molécula da hemoglobina (tetrâmero).


Funções: as proteínas podem ser agrupadas em várias categorias de acordo com a sua função. De uma maneira geral, as proteínas desempenham nos seres vivos as seguintes funções: estrutural, enzimática, hormonal, de defesa, nutritivo, coagulação sangüínea e transporte.
Função estrutural - participam da estrutura dos tecidos. Exemplos: - Colágeno: proteína de alta resistência, encontrada na pele, nas cartilagens, nos ossos e tendões. - Actina o Miosina: proteínas contráteis, abundantes nos músculos, onde participam do mecanismo da contração muscular, - Queratina: proteína impermeabilizante encontrada na pele, no cabelo e nas unhas, Evita a dessecação, a que contribui para a adaptação do animal à vida terrestre. - Albumina: proteína mais abundante do sangue, relacionada com a regulação osmótica e com a viscosidade do plasma (porção líquida do sangue).

Função enzimática - toda enzima é uma proteína. As enzimas são fundamentais como moléculas reguladoras das reações biológicas. Dentre as proteínas com função enzimática podemos citar, como exemplo, as lipases - enzimas que transformam os lipídios em sua unidades constituintes, como os ácidos graxos e glicerol.

Função hormonal - muitos hormônios de nosso organismo são de natureza protéica. Resumidamente, podemos caracterizar os hormônios como substãncias elaboradas pelas glândulas endócrinas e que, uma vez lançadas no sangue, vão estimular ou inibir a atividade de certos órgãos. É o caso do insulina, hormônio produzido no pâncreas e que se relaciona com e manutenção da glicemia (taxa de glicose no sangue).

Função de defesa - existem células no organismo capazes de "reconhecer" proteínas "estranhas" que são chamadas de antígenos. Na presença dos antígenos o organismo produz proteínas de defesa, denominados anticorpos. 0 anticorpo combina-se, quimicamente, com o antígeno, do maneira a neutralizar seu efeito. A reação antígeno-anticorpo é altamente específica, o que significa que um determinado anticorpo neutraliza apenas o antígeno responsável pela sua formação. Os anticorpos são produzidos por certas células de corpo (como os linfócitos, um dos tipos de glóbulo branco do sangue). São proteínas denominadas gamaglobulinas.

Função nutritiva - as proteínas servem como fontes de aminoácidos, incluindo os essenciais requeridos pelo homem e outros animais. Esses aminoácidos podem, ainda, ser oxidados como fonte de energia no mecanismo respiratório. Nos ovos de muitos animais (como os das aves) o vitelo, material que se presta à nutrição do embrião, é particularmente rico em proteínas.

Coagulação sangüínea - vários são os fatores da coagulação que possuem natureza protéica, como por exemplo: fibrinogênio, globulina anti-hemofílica.

Transporte - pode-se citar como exemplo a hemoglobina, proteína responsável pelo transporte de oxigênio no sangue.


A desnaturação é um processo, geralmente irreversível, que consiste na quebra das estruturas secundária e terciária de uma proteína. Isso pode ocorrer em decorrência da alteração do Ph e Altas temperaturas.

Uma proteína difere de outra:


Pelo número de aminoácidos: uma proteína A é formada por 610 aminoácidos de determinados tipos e ordenados numa certa seqüência. Uma proteína B é formada pelos mesmos tipos de aminoácidos, na mesma seqüência, mas em número de 611. A proteína B será diferente da A apenas por conter uma unidade a mais.


Pelo tipo de aminoácidos: uma proteína C apresenta, num certo trecho de sua molécula, aminoácidos corno valina, glicina, leucina, triptofano, treonina, alanina e arginina. Uma proteína D, formada pelo mesmo número de aminoácidos e na mesma seqüência que a proteína C, apresenta nesse trecho os aminoácidos valina, glicina, isoleucina, triptofano, treonina, alanina e arginina. Apenas pelo fato de na proteína C haver leucina no trecho de molécula considerado, as proteínas C o D são diferentes.


Pela seqüência dos aminoácidos: uma proteína E é formada, em determinado trecho de sua molécula, pelos aminoácidos cisteína, serina, metionina, leucina, histidina e lisina. Uma proteína F é formada pelos mesmos aminciácidos, mas, no tracho em exame, há uma inversão na posição de dois deles; cisteína, metionina, serina, leucina, hístidina e lisina. Por causa disso, as proteínas E e F são diferentes.


Pelo formato da molécula: as moléculas protéicas assumem determinados formatos é, quando os formatos de duas moléculas são diferentes, elas também o são. Conclui-se, então, que podendo repetir-se à vontade os 20 tipos de aminoácidos e, ainda, combinando-se de várias formas a partir das diferenças que acabamos de examinar, uma célula pode produzir muitas proteínas diferentes. Imagina-se, então, quantas proteínas podem ser produzidas por todos os seres vivos.

Química da Célula- Lipídios.




Os lipídios são compostos com estrutura molecular variada, apresentando diversas funções orgânicas: reserva energética (fonte de energia para os animais hibernantes), isolante térmico (mamíferos), além de colaborar na composição da membrana plasmática das células (os fosfolipídios). São substâncias cuja característica principal é a insolubilidade em solventes polares e a solubilidade em solventes orgânicos (apolares), apresentando natureza hidrofóbica, ou seja, aversão à molécula de água. Os lipídios podem ser classificados em óleos (substâncias insaturadas) e gorduras (substâncias saturadas), encontrados nos alimentos, tanto de origem vegetal quanto animal, por exemplo: nas frutas (abacate e coco), na soja, na carne, no leite e seus derivados e também na gema de ovo. Em geral, todos os seres vivos são capazes de sintetizar lipídios, no entanto algumas classes só podem ser sintetizadas por vegetais, como é o caso das vitaminas lipossolúveis e dos ácidos graxos essenciais. A formação molecular mais comum dos lipídeos, constituindo os alimentos é estabelecida através do arranjo pela união de um glicerol (álcool) ligada a três cadeias carbônicas longas de ácido graxo. Dentre os lipídeos, recebem destaque os fosfolipídios, os glicerídeos, os esteróides e os cerídeos.


Cerídeos : classificados como lipídios simples, são encontrados na cera produzida pelas abelhas (construção da colméia), na superfície das folhas (cera de carnaúba) e dos frutos (a manga). Exerce função de impermeabilização e proteção.


Fosfolipídios : moléculas anfipáticas, isto é, possui uma região polar (cabeça hidrofílica), tendo afinidade por água, e outra região apolar (calda hidrofóbica), que repele a água.


Glicerídeos : podem ser sólidos (gorduras) ou líquidos (óleos) à temperatura ambiente.


Esteróides : formados por longas cadeias carbônicas dispostas em quatro anéis ligados entre si. São amplamente distribuídos nos organismos vivos constituindo os hormônios sexuais, a vitamina D e os esteróis (colesterol).

Quimica da Célula-Carboidratos, Glicídios ou Hidratos de Carbono.

Os carboidratos, moléculas orgânicas constituídas por carbono, hidrogênio e oxigênio, são as principais substâncias produzidas nas plantas durante o processo de fotossíntese. De modo geral, são utilizados pelas células como combustível. Os carboidratos mais simples são os monossacarídeos. Oligossacarídeos e polissacarídeos são moléculas maiores constituídas pela reunião de vários monossacarídeos.

Monossacarídeos
Os monossacarídeos têm normalmente a fórmula Cn(H2O)n, onde n geralmente varia de 3 a 7. Assim, nos monossacarídeos existe a proporção de um carbono para dois hidrogênio e para um oxigênio. Eles são classificados de acordo com o número de átomos de carbono.
n = 3 Trioses
n = 4 Tetroses
n = 5 Pentoses
n = 6 Hexoses
n = 7 Heptoses
Os monossacarídeos mais freqüentes nos organismos são as pentoses (5C) e as hexoses (6C).
Os oligossacarídeos e os polissacarídeos

Os oligossacarídeos são moléculas constituídas pela reunião de dois a dez monossacarídeos. Os monossacarídeos unem-se por uma reação em que ocorre a saída de uma molécula de água por ligação (desidratação). Os oligossacarídeos mais importantes são dissacarídeos, como a sacarose (açúcar comum), a lactose (açúcar do leite) e a maltose (açúcar do malte). Os polissacarídeos são moléculas enormes, às vezes ramificadas, constituídas por numerosos monossacarídeos. Exemplos mais freqüentes são o amido, o glicogênio e a celulose. Quando um animal ingere dissacarídeos ou polissacarídeos, seu tubo digestivo tem a tarefa de transformá-lo em monossacarídeos. Caso não ocorra esta conversão, a absorção pela parede do tubo digestivo não se efetua. Esta "quebra" das moléculas é chamada hidrólise, porque se faz por adição de moléculas de água. Da mesma forma que a saída de moléculas de água liga monossacarídeos uns aos outros, a adição de água "desliga" os monossacarídeos que constituem uma molécula grande. No tubo digestivo dos animais, substâncias especiais, as enzimas digestivas, apressam a hidrólise das substâncias ingeridas.

Funções
ENERGÉTICA: são os principais produtores de energia sob a forma de ATP, cujas ligações ricas em energia (±10 Kcal) são quebradas sempre que as células precisamde energia para as reações bioquímicas. É a principal função dos carboidratos, com todos os seres vivos (com exceção dos vírus) possuindo metabolismo adaptado ao consumo de glicose como substrato energético. Algumas bactérias consumem dissacarídeos (p.ex.: a lactose) na ausência de glicose, porém a maioria dos seres vivos a utiliza como principal fonte energética.
ESTRUTURAL: a parede celular dos vegetais é constituída por um carboidrato polimerizado - a celulose; a carapaça dos insetos contém quitina, um polímero que dá resistência extrema ao exo-esqueleto; as células animais possuem uma série de carboidratos circundando a membrana plasmática que dão especificidade celular, estimulando a permanência agregada das células de um tecido - o glicocálix.
RESERVA ENERGÉTICA: nos vegetais, há o amido, polímero de glicose; nos animais, há o glicogênio, também polímero de glicose porém com uma estrutura mais compacta e ramificada.

Não ESQUEÇA!!!!!
Os carboidratos são produzidos pelo processo de fotossíntese.