Graças a um vírus manipulado geneticamente, cientistas americanos conseguiram melhorar a sensibilidade visual de três pacientes cegos. Os resultados trazem esperança de que um dia uma doença congênita que causa a cegueira possa ser combatida de forma eficiente.
A enfermidade que vitimava os três jovens pacientes era a amaurose congênita de Leber (ACL). Trata-se de uma doença hereditária que afeta 1 em cada 80 mil pessoas, em média. Ela está ligada a uma deficiência em um gene, chamado RPE65, que faz com que o organismo deixe de produzir uma proteína que ajuda a regenerar a pigmentação da visão. Sem ela, as vítimas da doença perdem a capacidade de ver já nos primeiros poucos meses de vida.
Os cientistas liderados por Artur Cideciyan, da Universidade da Pensilvânia, nos Estados Unidos, tentaram resolver o problema com um método até hoje considerado controverso: terapia genética.
A idéia parece inofensiva: introduzir um gene que esteja "em falta" no organismo, para que tudo volte a funcionar corretamente. O problema é como inserir esse gene. Normalmente, o método mais eficiente é por meio de um vírus. Só que nem sempre as coisas correm bem.
É famoso o experimento de terapia gênica para tratamento do fígado que matou o jovem voluntário Jesse Gelsinger, então com 18 anos, em 1999. A comoção com o caso, ocorrido na mesma Universidade da Pensilvânia, atrasou as pesquisas por muitos anos e motivou a adoção de protocolos muito mais radicais para a condução desses experimentos.
Com isso, o campo andou a passo de tartaruga, e só agora começa a mostrar seu potencial novamente. Desta vez, com resultados positivos.
Os experimentos com os voluntários humanos só vieram depois de testes exaustivos com outros animais. E os três jovens (de 24, 23 e 21 anos) tiveram melhoras significativas em sua visão após a injeção, no olho, de um vírus adeno-associado (considerado o mais seguro para esse tipo de procedimento) contendo uma versão sadia do gene RPE65.
Olho bom, olho ruim
Cada paciente pôde fazer o papel de "controle" para si mesmo, uma vez que os cientistas só trataram um dos olhos de cada um. Assim, foi possível comparar a diferença de desempenho do olho tratado, em comparação com o outro.
Os resultados foram animadores. Os cientistas mostraram que o olho tratado, após 30 dias, mostrava sensibilidade à luz muito maior do que o olho "controle". Os desempenhos persistiram após 60 e 90 dias.
Mas nem tudo são flores. Os cientistas notaram que o tratamento não restaurou completamente a normalidade da visão. Um teste eficiente foi o exercício de adaptar os olhos à escuridão. Normalmente, leva-se quase uma hora para que a visão ganhe sua "potência" máxima quando entramos num ambiente escuro. Só que nos pacientes tratados esse número é bem maior: mais de oito horas.
Por isso, o próximo passo da pesquisa, reportada na edição desta semana do periódico da Academia Nacional de Ciências dos EUA, "PNAS", é tentar entender o que não está funcionando. Isso deve mudar até as estratégias que os cientistas usam para testar a capacidade da visão.
Fonte G1
Espaço para quem gosta de biologia, lugar de pesquisa,informações biológicas, estudo, genes,algas,vírus,célula,cromossomos, comentários e muito mais.
Mostrando postagens com marcador genes. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador genes. Mostrar todas as postagens
segunda-feira, 28 de março de 2011
domingo, 6 de março de 2011
Gene
(de gen, raiz do Gr. Gigonomai, gerar)
Unidade de transmissibilidade genética que responde pela hereditariedade de um caráter, segmento de DNA, cija sucessão de nucleotídio condiciona um código específico (genético) que é transcrito para uma molécula de RNAm e traduzido no citoplasma com ajuda de ribossomos (RNAr) e o Transportador (RNAt), na forma de uma proteína correspondente, capaz de proporcionar a manifestação fenotípica de um caráter herdável. Caso ocorra uma alteração no código genético do DNA , do gene portanto, pode provocar uma mutação.
Unidade de transmissibilidade genética que responde pela hereditariedade de um caráter, segmento de DNA, cija sucessão de nucleotídio condiciona um código específico (genético) que é transcrito para uma molécula de RNAm e traduzido no citoplasma com ajuda de ribossomos (RNAr) e o Transportador (RNAt), na forma de uma proteína correspondente, capaz de proporcionar a manifestação fenotípica de um caráter herdável. Caso ocorra uma alteração no código genético do DNA , do gene portanto, pode provocar uma mutação.
Marcadores:
caráter,
DNA,
genes,
mutação,
proteína.,
ribossomso,
RNA,
transcrição,
transportador
quinta-feira, 6 de maio de 2010
Homens e Mulheres: A diferença está nos genes
Estudo realizado mostra que o segundo cromossomo X nas mulheres, que até então era considerado inativo, não é tão silencioso quanto se imaginava. "Os efeitos dos genes do cromossomo X inativo podem explicar algumas diferenças entre homens e mulheres que não podem ser atribuídas aos hormônios sexuais", disse Laura Carrel, Ph.D., professora assistente de bioquímica e biologia molecular na Pennsylvania State College of Medicine.
Dependendo do gene, possuir duas cópias ativas pode fazer pouca ou muita diferença. Quando genes no X inativo escapam da inativação e se expressam, isso pode criar uma concentração maior de genes particulares.
Carrel e o co-autor do estudo, Huntington F. Willard, diretor do Institute for Genome Sciences & Policy, da Duke University, determinaram quais genes estavam escapando da inativação e sua localização no cromossomo X inativo. Eles descobriram que a maior parte desses genes "desobedientes" estava grupada.
Os cromossomos possuem um conjunto de instruções para criar um organismo. Os homens têm um cromossomo X e um Y, este último responsável pelas suas características masculinas, incluindo órgãos sexuais e habilidade de produzir o esperma. Em contraste, as mulheres têm duas cópias do cromossomo X. Mas como o cromossomo X carrega um conjunto maior de instruções do que o cromossomo Y, a solução encontrada pela biologia é inativar um cromossomo X nas mulheres, fornecendo uma cópia funcional tanto para homens como para mulheres.
Muitos genes no cromossomo Y se perderam ao longo da evolução, deixando o cromossomo com menos de 100 genes funcionais. Em contraste, o cromossomo X - presente com pelo menos uma cópia em ambos os sexos, codifica mais de 1.000.
Há mais de 45 anos atrás, os pesquisadores descobriram que os genes em uma cópia do cromossomo X das fêmeas estavam desligados, uma modificação conhecida como inativação X. Originalmente, os cientistas assumiram que o processo de inativação resultava no silenciamento total dos genes no segundo cromossomo X, disse Wilard, a fim de que ambos os sexos possuíssem o mesmo nível de atividade, ou dosagem, dos genes codificados pelo cromossomo X. Os cientistas também assumiram implicitamente que os cromossomos X em todas as mulheres seriam idênticos.
Trabalho anterior de Willard e outros pesquisadores, apresentou a primeira evidência que parte dos genes no segundo cromossomo X da mulher permanecia ativo. O trabalho atual estende as descobertas anteriores para um conjunto completo de genes ligados ao X e também revela que as mulheres exibem diferenças individuais em relação à inativação do X, disse Willard. Nós examinamos os cromossomos X de 40 mulheres e cada um deles possuía um padrão único de expressão do gene", disse Willard.
Todas essas variações são completamente únicas para as mulheres. Os cromossomos X nos homens são todos iguais nesse aspecto. No estudo, os pesquisadores isolaram células da epiderme de 40 mulheres. Eles mediram o grau de atividade de 471 genes para determinar se a segunda cópia estava desligada ou não.
Cerca de 15% dos genes no segundo cromossomo X escaparam da inativação em algum grau. Isso siginifica que pelo menos 15% dos genes ligados ao X, e suas proteínas produzidas, estão presentes em níveis mais elevados e variados nas mulheres do que nos homens.
A proporção de genes que permanece ativa difere dramaticamente entre as regiões do cromossomo X. Além disso, em algumas mulheres, um adicional de 10% de genes ligados ao X demonstraram padrões de inativação variáveis e diferentes graus de atividade nos cromossomos X "silenciados", reportou a equipe.
Agora sabemos que 25% do cromossomo X - de 200 a 300 genes - podem ser expressos de forma única em comparação a outro sexo, disse Willard. Em essência, não existe um genoma humano, mas dois - o masculino e o feminino.
Tais diferenças genômicas devem ser considerados fatores potenciais para explicar traços específicos do sexo e doenças complexas.
Os dados também sugerem que o genoma feminino difere do masculino em pelo menos quatro formas. Primeiro, estudos prévios mostraram que o cromossomo Y fornece aos homens diversos genes que as mulheres não possuem. Segundo, este estudo mostra que o fato de alguns genes no X inativo serem expressos significa que cerca de 15% dos genes são expressos num grau maior em mulheres do que nos homens. Terceiro, este estudo também mostra que um adicional de 10% de genes no X inativo apresentam graus de expressão variável nas mulheres, enquanto que os homens possuem uma única cópia desses genes. E, finalmente, cientistas já sabiam que a natureza aleatória da inativação do X mostra que as mulheres são mosaicos de duas populações celulares em relação à expressão dos genes ligados ao cromossomo X.
As novas descobertas sugerem um extraordinário e até então insuspeito grau de expressão de heterogeneidade entre a população feminina, disse Willard. Trabalhos adicionais são necessários para explorar as conseqüências potenciais dessas variações, acrescentou. As descobertas ressaltam as diferenças entre o genoma masculino e feminino.
Fonte: Nature, 17/03/2005 UOl.
Dependendo do gene, possuir duas cópias ativas pode fazer pouca ou muita diferença. Quando genes no X inativo escapam da inativação e se expressam, isso pode criar uma concentração maior de genes particulares.
Carrel e o co-autor do estudo, Huntington F. Willard, diretor do Institute for Genome Sciences & Policy, da Duke University, determinaram quais genes estavam escapando da inativação e sua localização no cromossomo X inativo. Eles descobriram que a maior parte desses genes "desobedientes" estava grupada.
Os cromossomos possuem um conjunto de instruções para criar um organismo. Os homens têm um cromossomo X e um Y, este último responsável pelas suas características masculinas, incluindo órgãos sexuais e habilidade de produzir o esperma. Em contraste, as mulheres têm duas cópias do cromossomo X. Mas como o cromossomo X carrega um conjunto maior de instruções do que o cromossomo Y, a solução encontrada pela biologia é inativar um cromossomo X nas mulheres, fornecendo uma cópia funcional tanto para homens como para mulheres.
Muitos genes no cromossomo Y se perderam ao longo da evolução, deixando o cromossomo com menos de 100 genes funcionais. Em contraste, o cromossomo X - presente com pelo menos uma cópia em ambos os sexos, codifica mais de 1.000.
Há mais de 45 anos atrás, os pesquisadores descobriram que os genes em uma cópia do cromossomo X das fêmeas estavam desligados, uma modificação conhecida como inativação X. Originalmente, os cientistas assumiram que o processo de inativação resultava no silenciamento total dos genes no segundo cromossomo X, disse Wilard, a fim de que ambos os sexos possuíssem o mesmo nível de atividade, ou dosagem, dos genes codificados pelo cromossomo X. Os cientistas também assumiram implicitamente que os cromossomos X em todas as mulheres seriam idênticos.
Trabalho anterior de Willard e outros pesquisadores, apresentou a primeira evidência que parte dos genes no segundo cromossomo X da mulher permanecia ativo. O trabalho atual estende as descobertas anteriores para um conjunto completo de genes ligados ao X e também revela que as mulheres exibem diferenças individuais em relação à inativação do X, disse Willard. Nós examinamos os cromossomos X de 40 mulheres e cada um deles possuía um padrão único de expressão do gene", disse Willard.
Todas essas variações são completamente únicas para as mulheres. Os cromossomos X nos homens são todos iguais nesse aspecto. No estudo, os pesquisadores isolaram células da epiderme de 40 mulheres. Eles mediram o grau de atividade de 471 genes para determinar se a segunda cópia estava desligada ou não.
Cerca de 15% dos genes no segundo cromossomo X escaparam da inativação em algum grau. Isso siginifica que pelo menos 15% dos genes ligados ao X, e suas proteínas produzidas, estão presentes em níveis mais elevados e variados nas mulheres do que nos homens.
A proporção de genes que permanece ativa difere dramaticamente entre as regiões do cromossomo X. Além disso, em algumas mulheres, um adicional de 10% de genes ligados ao X demonstraram padrões de inativação variáveis e diferentes graus de atividade nos cromossomos X "silenciados", reportou a equipe.
Agora sabemos que 25% do cromossomo X - de 200 a 300 genes - podem ser expressos de forma única em comparação a outro sexo, disse Willard. Em essência, não existe um genoma humano, mas dois - o masculino e o feminino.
Tais diferenças genômicas devem ser considerados fatores potenciais para explicar traços específicos do sexo e doenças complexas.
Os dados também sugerem que o genoma feminino difere do masculino em pelo menos quatro formas. Primeiro, estudos prévios mostraram que o cromossomo Y fornece aos homens diversos genes que as mulheres não possuem. Segundo, este estudo mostra que o fato de alguns genes no X inativo serem expressos significa que cerca de 15% dos genes são expressos num grau maior em mulheres do que nos homens. Terceiro, este estudo também mostra que um adicional de 10% de genes no X inativo apresentam graus de expressão variável nas mulheres, enquanto que os homens possuem uma única cópia desses genes. E, finalmente, cientistas já sabiam que a natureza aleatória da inativação do X mostra que as mulheres são mosaicos de duas populações celulares em relação à expressão dos genes ligados ao cromossomo X.
As novas descobertas sugerem um extraordinário e até então insuspeito grau de expressão de heterogeneidade entre a população feminina, disse Willard. Trabalhos adicionais são necessários para explorar as conseqüências potenciais dessas variações, acrescentou. As descobertas ressaltam as diferenças entre o genoma masculino e feminino.
Fonte: Nature, 17/03/2005 UOl.
sexta-feira, 19 de junho de 2009
Genes

O gene é uma região da molécula do DNA, podendo conter de alguns pares a milhões de pares de nucleotídeos. A partir do DNA chamada de DNA-não codificante não possui genes.
Genoma é todo o conjunto de genes de um organismo. Os cromossomos autossomos são encontrados em todas as células somáticas, tanto em homens como em mulheres. Os cromossomos sexuais são diferenciados nos dois sexos, e é o que define o sexo do organismo.
quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009
Genes

Marcadores:
genes,
genetica.herança.
Assinar:
Postagens (Atom)