quarta-feira, 9 de dezembro de 2020

Algumas descobertas em Neurociências

A explosão dos conhecimentos sobre nosso órgão de aprendizagem vem do avanço das descobertas em neurociências ocasionado pelo avanço das novas tecnologias. Os anos abaixo relacionados são alguns elementos de referências para nos situar no espaço-tempo. Essas informações, a seguir, provêm do [site] que está na nota de rodapé de n° 8 “compreender o cérebro, um século de neurociências”(8) .
Observe: 1985 – 2000: Destaque e estudo da plasticidade cerebral (capacidade de aprendizagem, reorganização e adaptação) que permite ao cérebro humano realizar performances extraordinárias;
Os anos 1990: considerado como a década do cérebro. Desenvolvimento da biologia molecular. Identificação e clonagem de neuromediadores, receptores e canais iônicos. Melhor compreensão da fisiologia intracelular e dos mecanismos intrínsecos dos neurônios. Atualização e desenvolvimento da imagiologia funcional do cérebro que permite ver o cérebro humano em ação. Em 1992, foram observadas as primeiras imagens do cérebro através do IRMf (Imagem por Ressonância Magnética Funcional);
1996 – Primeiro transplante de neurônios em pacientes com distúrbio neurológico hereditário, caracterizado pela falta de coordenação e movimentos corporais anormais. (George Huntington é um médico americano, 1850-1916) (equipe de científicos franco/belga);
1999 – Descoberta da capacidade de divisão de certas células dentro do cérebro adulto;
2000 – Arvid Carlsson, Paul Greengard e Eric Kandel – Prêmio Nobel de Fisiologia e Medicina para o conjunto de seus trabalhos e contribuição na descoberta, envolvendo a comunicação e transmissão de sinais entre células nervosas no cérebro e o papel da dopamina na doença de Parkinson;
2000 – Descoberta das células-tronco;
Anos 2000 – Emergência da noção de « big data » ou « megadados » para armazenar e processar a massa de dados disponíveis na Internet, incluindo os dados da Biologia e os da Neurobiologia;
2001 – Publicação da sequência do genoma humano;
2003 – Laureados com o Nobel de Fisiologia e Medicina, os cientistas Peter Mansfield e Paul Lauterbur por seus trabalhos sobre o IRM, iniciados nos anos 1970;
2004 – Richard Axel e Linda Buck – Prêmio Nobel de Fisiologia e Medicina por seus trabalhos sobre a decodificação genética dos receptores de odores e a organização do sistema olfatório;
2008 – Primeira estimulação profunda para o TOC (Transtorno Obsessivo Compulsivo). Esse método foi utilizado para tratar a doença de Parkinson ;
2010 – Avanços da optogenética. Termo que se refere às proteínas codificadas que respondem à luz para monitorar e controlar a atividade específica dos circuitos neurais;
2012 – Robert Lefkowitz e Brian Kobilka – Prêmio Nobel de Química por suas descobertas dos receptores acoplados às proteínas G, particularmente abundantes no sistema nervoso;
2013 – A Europa decide financiar (1,2 bilhões de euros) por um período de dez anos, o “Human Brain Project” que visa simular o funcionamento do cérebro, por computador. No mesmo ano, os Estados Unidos lança o “Brain Initiative”, dotado de 3 bilhões de dólares em dez anos, para mapear o funcionamento dos neurônios ;
2014 – Yasuo Kurimoto e sua equipe fazem o primeiro transplante de célula-tronco para tratar a DMRI (Degeneração/Degenerescência Macular Relacionada à Idade) ;
2014 – John O’Keefe, May-Britt Moser e Edvard Moser – Prêmio Nobel de Fisiologia e Medicina por sua descoberta do sistema de posicionamento espacial dentro do cérebro “place cells”, no hipocampo e “grid cells” no córtex entorhinal. Espécie de GPS Mental ;
2014 – Eric Betzig, Stefan W. Hell e William E. Moerner – Prêmio Nobel de Química pela invenção da “nanoscopia”, métodos de imagem em microscopia óptica que permite observar o funcionamento de objetos de tamanho inferior a 200 nm, ou seja, nano-estruturas celulares.
Esses são apenas alguns exemplos de descobertas, mas os pesquisadores em neurociências do mundo inteiro aceleram suas pesquisas. Desde que os cientistas se colocaram sobre o “chapéu neuro”, transformando-se em uma “grande família”, compartilhando suas experiências, fazendo uma análise coletiva de suas hipóteses e “erros”, os avanços têm sido consideráveis e cada dia surge novas descobertas. FONTE UEMA

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